Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro

O Dia do Trabalho, como sempre defendemos, é um dia de reflexão. A festa até faz parte, mas há pontos mais importantes para serem lembrados e analisados nesta data. No Brasil, ainda há pessoas submetidas a condições análogas à escravidão. Só este ano, as autoridades resgataram quase mil vítimas deste crime desumano.

Outra grave questão é a precarização dos empregos. Em nome de uma ideologia empreendedora, os direitos são simplesmente ignorados. O pior é que, muitas vezes, os próprios explorados negam esta situação, colocando a saúde e a vida em risco em nome de uma falsa autonomia. A pandemia está controlada e a economia voltou aos antigos patamares, mas os salários dos trabalhadores chamados a fazer o sacrifício de ter os vencimentos congelados ainda não tiveram o devido reajuste.

Em toda parte do mundo, a condição de trabalhador nunca foi fácil. Nesta era pós-moderna, as obrigações e os deveres da atividade exercida perderam a noção de tempo, espaço e lugar. A sociedade do cansaço cresce, porque tão importante quanto uma boa remuneração, precisamos de qualidade de vida. Tempo para cuidar da saúde, da família e aproveitar o que há de melhor nesta existência.

Os sindicatos resistem. O Supremo está a um voto de aprovar a Contribuição Assistencial. Isto não significa a volta do Imposto Sindical, mas pode trazer recursos para manter e fortalecer as organizações dos trabalhadores. Não podemos ficar à espera de governos, poder judiciário ou qualquer outra instância, nós, trabalhadores, temos que reivindicar, exigir a nossa parte pelo suor que dedicamos para gerar riquezas. Lutar é a nossa sina! Viva o Primeiro de Maio.