Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro

O racismo sempre esteve presente no cotidiano dos brasileiros negros desse país. O Brasil aboliu formalmente a escravidão em 1888 e 132 anos depois ainda não nos libertamos das raízes estruturais desta chaga social. É claro que houve avanços e já não toleramos a discriminação pela cor da pele. O crime de racismo é inafiançável e a injúria racial, delito cometido contra um indivíduo, prevê pena de cinco anos de reclusão. Nas universidades públicas, as ações afirmativas tornaram os estudantes negros como maioria. Hoje, há pessoas negras em várias profissões, ocupando cargos públicos e postos de comando. Por outro lado, as pesquisas comprovam que o passado ainda não está totalmente reparado. É a população negra a principal vítima da violência policial, além de liderar o ranking de desemprego e pobreza.

Os milhões de negros trazidos da África para cá foram tratados sem nenhuma dignidade e quando libertos formalmente não tiveram qualquer apoio de um império à beira do fim. Muitos permaneceram como escravos ou morreram de fome vagando por comida e abrigo. Não houve políticas ou incentivos para incluí-los, como muitos emigrantes italianos, japoneses, alemães e outros povos tiveram para se estabelecer por aqui.

Mesmo ao Deus dará, muitos resistiram, vivendo em periferias, favelas e trabalhando nos serviços que os brancos não queriam. Vinte de novembro é um marco e serve para refletirmos sobre o Brasil que podemos construir. O SINSAFISPRO celebra o Dia da Consciência Negra e saúda a liberdade e Zumbi dos Palmares!