Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro

A história costuma ser contada pelos vencedores, mas estamos alinhados aos que veem a abolição da escravidão como uma conquista da população negra. Houve revoltas, lutas, sangue e muita dor para os escravos alcançarem à liberdade. Não à toa, o político movimento negro prefere celebrar 20 de Novembro, como marco da consciência negra em homenagem à Zumbi dos Palmares.

O SINSAFISPRO lembra que ainda hoje se pune e castiga o povo negro. Basta observarmos as estatísticas de jovens negros assassinados nas periferias do país ou os abismos salariais entre brancos e negros. Desde a Lei Áurea, assinada em 1888, um ano antes da Proclamação da República; não houve quase nenhuma política de reparação e reintegração. Pode-se citar como exceção, as cotas em universidades públicas, que tiveram êxito e realmente deram alguma chance a quem antes era totalmente excluído do ensino superior.

Chegamos ao século XXI, ainda necessitando de investimentos públicos nas comunidades, onde há enorme concentração de negros, com poucas perspectivas ou nenhuma de cidadania. Como canta um samba da Mangueira, grande parte dos negros ainda está presa na miséria da favela e a liberdade? Onde está que ninguém viu?

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