Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro
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O Carnaval chega ao fim, mas o rombo no tecido político nacional segue aberto. Desde que foi eleito à Presidência da República, com quase 58 milhões de votos, o senhor Jair Messias Bolsonaro não para de produzir grosserias, gafes e atos que não fazem jus ao mais alto cargo do país. Ele não respeita a democracia e apoia manifestação contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Antes dos festejos de Momo, desrespeitou à imprensa e às mulheres, afirmando entre risos sarcásticos que uma jornalista queria dar o “furo”, mas não o furo do jargão jornalístico, que é quando se oferece ao público uma notícia em primeira mão.
Ele recomendou para preservar o meio-ambiente, defecar em dias alternados, enquanto a Amazônia queimava e o óleo bruto de um petroleiro chegava ao litoral nordestino. Nas relações internacionais, ele mandou a Alemanha cuidar das próprias florestas e zombou da primeira-dama da França por ser, na concepção de beleza dele, uma pessoa feia.
Há outras pérolas de matar de vergonha qualquer cidadão brasileiro minimamente consciente, mas fiquemos por aqui. Os subordinados diretos também não ficam atrás, como o “imprecionante” ministro da Educação e a ecumênica Damares (ministra dos Direitos Humanos) que prega azul para meninos e rosa para meninas em meio a um mundo marcado pela diversidade de gêneros sexuais.
O mandato do presidente desastroso, aclamado em blocos nas ruas e em alegorias de escola de samba, tem um pouco mais de um ano e o futuro mostra-se sombrio. A democracia está em risco e o povo e as instituições não podem se calar. O SINSAFISPRO repudia todos os lamentáveis atos do presidente e se solidariza com a premiada repórter da Folha de SP, Patrícia Campos Mello, ultrajada no trabalho de buscar verdades sobre o caso da CPI das Fake News.
É sabido que a política e a democracia no Brasil possuem inúmeros problemas, mas sempre serão os instrumentos ideais na busca de uma sociedade regida por igualdade e justiça social. A Constituição precisa ser obedecida por qualquer brasileiro, até mesmo pelos egos maiores do que a faixa presidencial. Como organização trabalhadora, o *sindicato*(Sinsafispro) está unido a todos que estão alertas para garantir a República, a independência entre os poderes, a democracia, a paz e a liberdade de ir e vir em qualquer tempo.
Adjarba Oliveira
Presidente do SINSAFISPRO