Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro

O SINSAFISPRO esteve presente no 1º Seminário Direitos Humanos, Organização Sindical e Negociação Coletiva. O encontro aconteceu, na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT), promovido pelas principais centrais sindicais do país.

CUT, CTB, CSB, UGT, NCST assinaram, em conjunto, a Carta do Rio de Janeiro. O documento reafirma o direito à organização coletiva dos trabalhadores como um direito fundamental e faz um pacto suprapartidário pelo diálogo permanente com a sociedade e os movimentos sociais.

“O evento deixa patente o quanto retrocedemos em direitos desde a reforma trabalhista de Temer”, pontuou Adjarba Oliveira, presidente do SINSAFISPRO, que participou do Seminário, na última quinta (8/8), com palestras durante todo o dia.

Os efeitos da reforma trabalhista de Michel Temer (MDB), sancionada em 2017, foram amplamente criticados pelas entidades representativas de classe. O número de ações da Justiça do Trabalho reduziu mais de 30% como consequência da reforma, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O economista Paulo Jager, do Dieese, apresentou dados que contrariam as promessas da reforma trabalhista. O que sustenta uma melhora no desemprego, na verdade, são assalariados sem carteira assinada e sem nenhuma proteção social, que correspondem a 42% de trabalhadores por conta própria. No trabalho intermitente, modalidade que foi criada com as mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estão os profissionais com o menor nível de formação.

“Estamos vivendo um processo em curso, enquanto a correlação de forças permitir esse movimento vai prosseguir, o ideal de mundo para essas pessoas é que não haja nenhuma intermediação na compra e venda da força de trabalho”, apontou o economista.

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