Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro

A Reforma Trabalhista dos golpistas, enfim, está aprovada. Apesar de toda a resistência popular, do movimento sindical e do repúdio de entidades (OAB, CNBB, AJUFE e outras mais), vários direitos da Consolidação das Leis Trabalhistas foram alterados, quando não ceifados. O SINSAFISPRO esteve na fileira da oposição contra este absurdo retrocesso e se orgulha de ter ficado ao lado dos trabalhadores.

No Senado, os parlamentares votaram a favor daqueles que representam, ou seja, empresários e fazendeiros. A votação representa a desigualdade de forças políticas existentes no país. Sim, houve uma goleada, que será mais sentida do que a derrota, por 7 a 1, para a Alemanha. O placar – 50 votos contra 26 e uma abstenção – dá a dimensão de como a nossa democracia está longe de corresponder aos anseios da maioria dos brasileiros.

Na mídia se propaga a ideia de que o Brasil avançou, alcançou uma “modernização” e de que novos empregos serão gerados a partir deste novo golpe parlamentar. Não se iludam, esta experiência já foi tentada na Espanha e o resultado foi mais precariedade. O trabalhador, cada vez mais desamparado, sujeita-se a trabalhar mais e ganhar menos.

O fim do imposto sindical, comemorado pelos neoliberais de sempre, aponta uma substancial diminuição às entidades representativas dos trabalhadores. Ironicamente, logo agora que o “negociado vai prevalecer sobre o legislado”, quem tem a missão de resistir, fazer paralisações e greves para forçar melhores salários e condições de trabalho, fica enfraquecido em seus cofres.

O contexto desfavorável vai exigir o que os patrões costumam demagogicamente dizer, “façam mais, com menos”. O tempo é crítico e terá que ser superado com criatividade e empenho. Precisamos sair das “zonas de conforto” e da lógica do sindicalismo de resultados. Nós precisamos estar unidos e conscientizar a cada colega do nosso lado sobre o desmonte total do Estado de Bem-Estar Social. Em suma, o governo está sob o leme daqueles que só querem nos sugar, sem oferecer nenhuma contrapartida aos contribuintes. Eles querem que se pague-se por tudo e o suor do trabalho seja recompensado com quase nada. Esta conta, não vai fechar. E aí, quem sabe? A chama da revolta enfim se espalhe potente entre os brasileiros.

Foto Agência Brasil

Brasília - Impedido de presidir votação da reforma trabalhista, Eunício suspende sessão.A decisão foi tomada depois que a senadora Fátima Bezerra (PT - RN), que conduzia os trabalhos, se negou a dar o assento da presidência da sessão a Eunício. O senador mandou desligar os microfones e apagar as luzes.(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Brasília – Impedido de presidir votação da reforma trabalhista, Eunício suspende sessão.A decisão foi tomada depois que a senadora Fátima Bezerra (PT – RN), que conduzia os trabalhos, se negou a dar o assento da presidência da sessão a Eunício. O senador mandou desligar os microfones e apagar as luzes.(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Os 50 senadores que aprovaram a reforma trabalhista .

Aécio Neves (PSDB-MG)

Ana Amélia (PP-RS)

Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Airton Sandoval (PMDB-SP)

Armando Monteiro (PTB-PE)

Ataídes Oliveira (PSDB-TO)

Benedito de Lira (PP-AL)

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

Cidinho Santos (PR-MT)

Ciro Nogueira (PP-PI)

Cristovam Buarque (PPS-DF)

Dalirio Beber (PSDB-SC)

Dário Berger (PMDB-SC)

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Edison Lobão (PMDB-MA)

Eduardo Lopes (PRB-RJ)

Elmano Férrer (PMDB-PI)

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)

Gladson Cameli (PP-AC)

Ivo Cassol (PP-RO)

Jader Barbalho (PMDB-PA)

João Alberto Souza (PMDB-MA)

José Agripino (DEM-RN)

José Maranhão (PMDB-PB)

José Medeiros (PSD-MT)

José Serra (PSDB-SP)

Lasier Martins (PSD-RS)

Magno Malta (PR-ES)

Marta Suplicy (PMDB-SP)

Omar Aziz (PSD-AM)

Paulo Bauer (PSDB-SC)

Raimundo Lira (PMDB-PB)

Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

Roberto Muniz (PP-BA)

Roberto Rocha (PSB-MA)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Ronaldo Caiado (DEM-GO)

Rose de Freitas (PMDB-ES)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Simone Tebet (PMDB-MS)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Vicentinho Alves (PR-TO)

Waldemir Moka (PMDB-MS)
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Wellington Fagundes (PR-MT)

Wilder Morais (PP-GO)

Zeze Perrella (PMDB-MG)