Sindicato dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e das Entidades Coligadas no Estado do Rio de Janeiro

“Nada se cria tudo se transforma. Que a opressão seja liberdade e a ditadura, a mais estridente democracia”. O trecho é da Carta Aberta aos Conselheiros do CRQ, na qual o SINSAFISPRO denuncia os tristes dias vivenciados pelos servidores do Conselho Regional de Química por conta da arbitrariedade da atual gestão. O documento foi distribuído, nesta última terça (31 de maio) à tarde, na porta da instituição. Houve faixa, carro de som e discursos duros contra as práticas da atual administração do CRQ.

Os dirigentes do SINSAFISPRO (José Walter, Adjarba Oliveira, Moisés Muniz, Marcelo Figueiredo, Edilson Santos, Alieso Magnano, Luiz Fernando, Murilo Azevedo e Gustavo Pessoa) marcaram presença e mostraram que vão lutar pelos trabalhadores e contra todo assédio moral à categoria.

Confira abaixo, a CARTA

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CARTA ABERTA AOS CONSELHEIROS DO CONSELHO DE QUÍMICA DA 3ª REGIÃO

Senhores Conselheiros,

Com o objetivo de alertá-los e defender os trabalhadores do CRQ 3, o SINSAFISPRO expõe aqui, respeitosamente, alguns graves fatos. Até agora, a gestão do presidente Isaac Plachta é marcada pela inércia administrativa e, o pior, pelo autoritarismo da senhora Gerente Marcia Lima, a quem foi dada plenos poderes pela presidência do Conselho.

Os servidores são humilhados, diariamente, através das medidas implantadas por esta senhora e com a conivência da gestão Isaac Plachta. Não existe mais diálogo e, sem concurso público, um elevado números de pessoas está sendo contratada pelo CRQ-III. As admissões ocorrem por uma avaliação pessoal, um “amadrinhamento”, contrariando o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público.

Os que não aceitam as regras impostas pela Gestora Marcia Lima são imediatamente substituídos e demitidos. Atestados médicos são desconsiderados e salários descontados. Paira sobre os servidores uma vigilância policialesca e advertências são dadas por pequenos esquecimentos. Materiais básicos de uso diário – detergente, papel toalha e papel higiênico – são racionados e os servidores precisam implorar para que sejam repostos.

O Sinsafispro já ingressou com medida judicial defendo o direito de servidor que os teve violado por praticas da Gerente Marcia Lima, na verdade se esta criando um enorme passivo trabalhista, e a conta será paga pelos Químicos no futuro. Absurdos como colocar servidores para trabalharem em feriado nacional , como foi na ultima quinta feira estão sendo praticados absurdamente, mostrando uma falta de organização e do devido planejamento na execução das tarefas pela atual gestora Marcia Lima.

A missão do CRQ-III é prestar um serviço de excelência à sociedade e aos seus profissionais. Mas seu nobre caráter foi trocado pelo quanto se arrecada. A senhora Marcia Lima administra esta autarquia, desrespeitando valores e regulamentos, como se aqui fosse uma empresa privada, norteada apenas pelo lucro e para que? Se em plena data base o Presidente Isaac Plachta procura motivações para emperrar as negociações, quando deveria estar desejando melhorar os salários e os benefícios dos servidores que a cada dia colocam o Conselho de Química para funcionar e arrecadar.

O plano de saúde foi alterado de forma unilateral, sem dialogo com os usuários, os servidores do Conselho, gerando um enorme impacto financeiro de custeio que certamente dará ensejo a nova medida judicial.

A Pauta aprovada na Assembleia do Sinsafispro, encaminhada ao CRQ3 e ficamos perplexos com a tentativa do Conselho em interferir em nossa livre organização Sindical.

O quadro atual aponta para a necessidade e de forma urgente, que os Conselheiros tomem conhecimento do que esta ocorrendo internamente no Conselho. Talvez ainda existam outros absurdos, mas este Sindicato se restringe a sua atual sindical e pede aos senhores que avaliem o quadro interno e conversem com os funcionários.

Nos perguntamos qual a razão do Presidente Isaac Plachta delegou os seus poderes e prerrogativas a sua Gerente Marcia Lima, que tudo decide por ele. Ficando tão somente para o Sr. Isaac Plachta a assinatura. Por que deu “carta Branca” a uma pessoa que adota um regime ditatorial e desconhece a instituição, além de não possuir qualquer formação em Química?

Em meio a tantas indagações, os servidores estão adoecendo pelo terror psicológico implantado pela Gerente Marcia Lima e queremos crer que o Presidente não tem conhecimento dos fatos aqui narrados. Senhores Conselheiros, nada se cria e tudo se transforma. Façamos da opressão, liberdade e de toda a ditadura, a mais estridente democracia.